O que é uma cicatriz você já sabe, certo? Após uma lesão na pele — seja por uma cirurgia, seja por um acidente —, são marcas que aparecem no mesmo local. Muitas vezes acabam até mesmo passando despercebidas, mas tem um tipo que costuma causar uma preocupação estética maior: a cicatriz hipertrófica.
Na prática, significa que elas têm um volume um pouco mais alto, ou seja, chamam mais atenção. E apesar de nem sempre representarem algum tipo de risco específico, podem ser muito incômodas do ponto de vista estético, não é mesmo?
Mas o melhor caminho para não sofrer com esse problema é entender porque as cicatrizes hipertróficas aparecem e, é claro, quais são os tipos de tratamento. Então continue a leitura e tire as suas dúvidas!
Sumário:
O que é uma cicatriz hipertrófica?
Como identificar uma cicatriz hipertrófica?
Quais são as diferenças entre cicatriz hipertrófica e queloide?
Quais são os riscos associados ás cicatrizes hipertóficas?
Quais são os outros tipos de má cicatrização?
Quais são os tratamentos para cicatrizes hipertróficas?
O que é uma cicatriz hipertrófica?
Uma cicatriz hipertrófica é uma resposta exagerada do corpo à lesão na pele. Ou seja, ela aparece quando o processo de cicatrização é desequilibrado e o corpo produz excesso de colágeno na área afetada. O resultado desse cenário é uma cicatriz mais elevada do que o nível da pele ao redor e, muitas vezes, um tom mais avermelhado.
Normalmente, elas se desenvolvem logo após a lesão inicial e continuam a crescer nos primeiros meses. No entanto, é importante diferenciar a cicatriz hipertrófica de outro tipo de cicatriz, chamada queloide, mas isso vamos explicar um pouco mais para frente, combinado?
Em muitos casos, esse tipo de cicatriz não causa nenhum problema maior do ponto de vista da saúde na região. Mas podem causar desconforto com o próprio corpo e, em algumas situações, essas cicatrizes podem gerar coceira e até mesmo serem doloridas, impactando o dia a dia da pessoa.
Como identificar uma cicatriz hipertrófica?
Como explicamos acima, identificar uma cicatriz hipertrófica normalmente é muito simples: a sua aparência mais vermelha ou rosada já chamam a atenção, além do próprio volume acima da pele. Uma característica que se destaca justamente por contrastar com a cor natural da pele.
Quais são as diferenças entre cicatriz hipertrófica e queloide?
As cicatrizes hipertróficas e queloides muitas vezes são confundidas e tratadas como se fossem o mesmo tipo de lesão por conta das suas semelhanças visuais, mas elas têm características diferentes.
Para começar, a queloide é mais escura do que a pele circundante, geralmente mais espessa e se estende além da área original da lesão. Além disso, queloides tendem a crescer de forma mais agressiva e invasiva na região, ou seja, chamam ainda mais atenção.
Enquanto isso, as cicatrizes hipertróficas são mais avermelhadas e não costumam ser muito maiores do que a região inicial do trauma. Na prática, isso significa que elas são menores do que a queloide. Diferenciar esses dois tipos é muito importante porque pode afetar, por exemplo, o tipo de tratamento utilizado.
Quais são os riscos associados às cicatrizes hipertróficas?
Uma boa notícia para você que sofre com esse tipo de lesão: as cicatrizes hipertróficas não representam riscos graves à saúde, mas podem ser uma fonte significativa de desconforto emocional e físico para aqueles que as possuem.
Afinal, além de coceira e dor, essas cicatrizes podem causar autoconsciência e afetar a autoestima das pessoas. Em alguns casos, elas também podem restringir o movimento se estiverem localizadas em áreas de articulação, o que torna o tratamento muito importante para quem se encontra nesse cenário.
Quais são os tratamentos para cicatrizes hipertróficas?
Como falamos, existem várias opções de tratamento disponíveis para cicatrizes hipertróficas que podem ajudar a melhorar sua aparência e aliviar os sintomas. Alguns dos tratamentos mais comuns incluem:
- Corticoides: injeções de corticoides diretamente na cicatriz podem ajudar a reduzir a inflamação e a coceira;
- Cirurgia: em casos graves, a cirurgia pode ser realizada para remover a cicatriz hipertrófica. No entanto, essa opção pode resultar em uma nova cicatriz;
- Crioterapia: esse procedimento envolve a aplicação de nitrogênio líquido na cicatriz para congelar e reduzir o excesso de colágeno;
- Tratamento a laser: a terapia a laser pode ajudar a suavizar a cicatriz e melhorar sua aparência;
- Silicone: a aplicação de gel de silicone ou folhas de silicone pode ajudar a amaciar e aplanar a cicatriz ao longo do tempo, ou seja, deixá-la no nível da pele ao seu redor;
- Terapia de pressão: o uso de bandagens de compressão ou curativos especiais também pode ajudar a reduzir a elevação da cicatriz.
Quais são os outros tipos de má cicatrização?
Além da queloide ser confundida constantemente com a cicatriz hipertrófica, ainda existem outros tipos de marcas causadas pelo processo de má cicatrização. As cicatrizes atróficas, por exemplo, são caracterizadas por serem mais rasas do que o nível da pele ao redor e são muito comuns em quem sofre com problemas graves de acne.
Basicamente é a versão contrária de uma cicatriz hipertrófica: elas são fundas e, muitas vezes, têm uma textura mais irregular. Até aqui você conheceu os três tipos mais comuns, mas ainda existem outras que você pode se aprofundar:
- Queloides: já mencionamos as diferenças entre queloide e cicatriz hipertrófica, mas vale ressaltar que os queloides são cicatrizes mais agressivas que podem crescer de forma descontrolada;
- Cicatriz contrátil: essas cicatrizes ocorrem quando a pele é puxada na área da ferida, resultando em uma cicatriz que pode limitar a amplitude de movimento, especialmente em regiões de articulação;
- Cicatriz deprimida: similar às cicatrizes atróficas, essas cicatrizes são caracterizadas por serem mais baixas do que a pele circundante e podem ser causadas por perda de tecido.
Em resumo, as cicatrizes hipertróficas, assim como todas as outras que listamos acima, podem ser um desafio não só estético, mas também emocional para muitas pessoas. A boa notícia, porém, é que existem vários tipos de tratamento que podem ser aplicados para melhorar a aparência e aliviar qualquer tipo de sintoma.
Um dos cenários mais comuns em que a queloide aparece é na região da orelha. O que acha, então, de se aprofundar e entender como tratar da queloide na orelha?